2° Portfólio de Literatura Portuguesa I
Nota Obtida: 7,0
Comentário da professora: O texto está bom, mas precisa de uma revisão quanto ao uso da língua.
No Auto da barca do inferno, Gil
Vicente denuncia as mazelas da sociedade da época a partir de personagens tipos
representantes das classes sociais. Após ler a peça, redija um comentário
crítico no qual você deve esclarecer quais classes sociais são criticadas a
partir de seus personagens, quais os pecados de cada um e como estes
representam problemas da sociedade da época. Seu texto deve ter entre uma e
duas laudas.
Antes do autor Gil Vicente, o teatro não era muito
conhecido em Portugal, com isso em sua produção demostrava uma severa crítica a
sociedade da época. Ao catolicismo, ele expunha a hipocrisia dos religiosos que
em sua conduta não condizia com o que eles pregavam, dessa maneira não honravam
a religião. Denunciava a exploração do povo, em qualquer nível social existente
da época. Apontava e satirizava a imoralidade das alcoviteiras, os velhotes que
corriam atrás das moças, os supersticiosos e os charlatões.
Tendo em seu teatro esse viés moralista, que criticava
a corrupção da sociedade e vê na religião católica o único caminho para a
salvação, em meio a essas crises dos valores em épocas medievais, merece
destaque o Auto da barca do inferno no qual criticava a sociedade
impiedosamente.
A comparação existente é o juízo final em que os
personagens embarcam rumo ao inferno ou ao paraíso, e eles estão céticos que
merecem o paraíso, fazendo surgir uma discussão entre o anjo e o diabo. Os
condenados são: o Fidalgo petulante até na hora de embarcar em seu juízo final
(representando a nobreza, a classe superior) acompanhado de um rapaz. O diabo
diz ao Fidalgo que ele tem que entrar na barca, pois quando estava na terra
pensou só em si, no seu prazer e na boa vida que levava, sem pensar nos demais,
lembrando que o que ele fez em vida, terá que pagar agora em morte.
Depois vem o Onzeneiro (um agiota que emprestava dinheiro
a juros abusivos, contrariando a norma da Igreja da época) carregando uma bolsa,
e até mesmo na hora de sua morte ainda procurava lucrar dinheiro, sendo
extremamente ganancioso, por esse motivo o anjo não o deixa entrar em sua
barca.
Logo depois que o diabo pôs em sua barca o Fidalgo e o
Onzeneiro, vem um Parvo (camponês idiota de tamanha simplicidade que é
explorado e é salvo por sua falta de malícia pelo anjo que permite gozar de
tamanhos prazeres no paraíso).
Agora é a vez de conhecermos João Antão, um Sapateiro
(representando os comerciantes que roubam o povo), apelou para o diabo de não o
levar pois tinha confessado e comungado antes, assim como se manda os bons
hábitos da religião católica e também por ser um bom devoto. João estava
marcado para a barca do inferno pois já constava no caderno por seus roubos na
terra.
Após a decisão do rumo do sapateiro, chega a hora do
frade (que representa a parte corrupta do clero) vindo acompanhado de uma moça
chamada Florença, no qual em uma passagem no texto o frade deixa a entender que
era um hábito outros padres terem acompanhantes também e assim o diabo querendo
o levar na barca e ele querendo se livrar usando a justificativa do seu ofício
na terra de servo da igreja católica.
Também é chegada a hora de conhecermos Brísida Vaz,
uma Alcoviteira, que vivia da prostituição de moças e que acreditava assim como
os outros ter uma passagem para o paraíso na barca; o Judeu (que era
marginalizado porque contra ele pesava o preconceito religioso que o acusava
por ter matado Jesus); um corregedor carregado de autos e processos em que ele
favorecia apenas os poderosos deixando a mercê os pobres lavradores, e o diabo também
o lembrou que ele não era digno de ir na barca do anjo pois sua mulher roubava
dinheiro dos judeus, porém ele se esquivou dessas acusações. Chega junto também
a barca o procurador (representante fiel da corrupção da Justiça) e por
penúltimo o enforcado, que acreditava ter passagem digna para o paraíso por
conta de sua morte.
Por último, para fazer companhia ao Parvo na barca do
anjo chegam quatro cavalheiros que morreram em defesa da fé cristã, pelejando
por Cristo, pois para tal defesa e combate é merecido a paz eterna. Aqui nessa
demonstração de luta desses bravos homens podemos ver a influência da igreja em
prometer aqueles que defendem os princípios cristãs são dignos de viverem no
paraíso.
REFERÊNCIAS:
Auto da Barca do Inferno de Gil
Vicente. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00111a.pdf . Acesso em: 25/09/2018
Auto da Barca do
Inferno, Texto adaptado. Obra adaptada Ed.Moderna. Disponível em: < http://professoraanaferreira.blogspot.com/2012/12/auto-da-barca-do-inferno-texto-adaptado.html>.
Acesso em: 25/09/2018
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